09/02/2018

Marítimo,2-União,0

Jogo pouco conseguido, com um resultado melhor que a exibição. Boa exibição do central Chico, de regresso à posição onde sabe - mesmo - jogar. Tudo melhorou na segunda parte com a entrada de Afonso Correia (tal como aconteceu no jogo contra o Nacional). O União incomodou sempre e se marcava, criaria uma situação complicada... Nada que não seja usual.
Golos de Ferreira e Henrique Araújo. Este último a fazer o seu 25º golo neste Regional, em 17 jogos (na primeira fase quase todos incompletos).
De salientar o regresso à titularidade na baliza, de Vicente Lara, após longo período de paragem, por lesão. 




29/01/2018

Marítimo,1 - Nacional,3

E não aconteceu o inesperado

Ou seja, tudo correu como seria de esperar…

O Marítimo perdeu, o Campeonato acabou (cedo, ainda em Janeiro) após uma 1ª volta da fase decisiva com dois jogos com perda de pontos (Machico e Nacional). Esta equipa teve o azar de ter sido escolhida pelo Clube para a implementação de novas ideias de jogo, tendo sido virada do avesso e o resultado acabou por ser ... este.


A equipa entrou defensiva. Com um meio campo a jogar baixo, sem possibilidades de ser um apoio construtivo para os avançados que lutavam sós, de costas para a baliza, no meio dos adversários. Sem surpresa, pois foi sempre essa foi a opção (desde o início da época).

O jogo teve duas partes distintas. Na primeira parte, o Marítimo conseguiu estar por cima do jogo, sempre à custa de um grande esforço do ponta-de-lança Henrique Araújo, impedindo a progressão livre do central Brazão, sempre obrigado a entregar a bola para os colegas, à distância, no meio campo do Marítimo. Aí, a concentração de jogadores verde-rubros assegurava que o Nacional não rececionava com facilidade, não conseguindo construir. Algumas oportunidades, alguns erros do árbitro, mas nenhum resultado. A bola chegava aos repelões a Henrique Araújo, Simão e Gonçalo Luis que, com poucos apoios próximos iam fazendo o que podiam. Zero a zero no descanso.

Na segunda parte, o treinador do Nacional fez as mudanças esperadas. Bom conhecedor da sua equipa e da do adversário (e fez por isso, assistindo a muitos dos nossos jogos), colocou os jogadores mais velhos pois tinha iniciado o jogo com 8 jogadores de 2002 (eram 5 no Marítimo) que, com Sidico (contratação deste ano)  viraram o jogo, concretizando três vezes, com eficácia, na sequência de jogadas apoiadas. Bastou recuar um pouco o meio campo, ocupando o espaço vazio entre linhas deixado livre pelo Marítimo, de onde começaram a partir os ataques apoiados, com sucesso.

Não se entende a opção, para o jogo, de uma nova bola (balão, saltadora) que ninguém gosta. O árbitro enganou-se algumas vezes, mas não o suficiente para ter efeitos no resultado.

O 3-1 final (golo verde-rubro de Henrique Araújo de grande penalidade) acaba por ser o tal resultado esperado, face à desadaptação evidente da equipa a um tipo de jogo que privilegia sempre a procura de bola (correria, atitude, pressão) e não a sua manutenção e posse (construção, domínio e controlo de jogo). Um sistema que, nos jogos mais equilibrados (C.Lobos na 1ª fase, União, Machico e Nacional na 2ª fase) demonstrou ser má opção pois a necessária resposta a um qualquer golo do adversário colocava a equipa sem soluções preparadas previamente para ir atrás do golo. Agora, não há remédio possível. Mais uma vez, será o Nacional a tentar o Campeonato Nacional.

Resta fazer os jogos finais deste campeonato, já sem objetivos coletivos realistas e jogar a Taça da Madeira. Ou seja, mais do mesmo… Tudo começa tarde e acaba cedo. Muito mau para os jogadores e para um processo formativo que deveria ser contínuo e evolutivo. Em crescendo…

Marítimo 2001, uma geração de futebolistas

Esta equipa, esta geração no CSM teve a sorte de ter uma formação. Vários anos com Filipe Sá, Nuno "Gamarra", Marco "Bragança" e Marco Camacho criaram, ensinaram e formaram jogadores. Acrescentaram mais-valias no seu processo de aprendizagem. É difícil encontrar uma equipa de Juvenis com tantos jogadores e que, por tanto tempo "carregam" as camisolas verde-rubras ou, outros, recentemente saídos, estão nas equipas de topo do Regional.

Ganharam nos Benjamins em 2012 [ver final]
Ganharam nos Infantis em 2014 [resumo do jogo decisivo]
E não ganharam nos iniciados em 2016 (por um golo) devido a uma decisiva má arbitragem que os impediu de acederem à fase nacional [ver jogadas decisivas do jogo]

Em 2018 não perderam por causa da arbitragem (apesar de, mais uma vez, esta se ter enganado). [ver jogadas duvidosas na 1ª parte onde o Marítimo esteve quase sempre por cima do jogo]. Perderam porque o Clube não soube aproveitar a oportunidade que teve de possuir um conjunto de executantes, à partida, superior à do Nacional. 

Nacional que perdeu pelo menos três dos seus melhores jogadores do ano passado e acabou por optar - nos Juvenis A - pela geração de 2002 (eram 8 na equipa inicial de ontem) e pelo técnico que, com eles, foi campeão de iniciados em 2017. Alguém que conhece e fez por conhecer o Marítimo e os seus jogadores. Que privilegia o ter a bola e não, apenas o ir atrás dela. Que assim, manda e decide no jogo, e que tem preparados e treinados esquemas e movimentações que criam oportunidades e originam golos.