30/01/2013

Desilusão


Começa no Sábado, dia 2 de Fevereiro a competição máxima (única?) de infantis da Associação de Futebol da Madeira.

Para além do atraso, motivado pelas situações que já todos conhecemos, os meses de inatividade não serviram para que se inovasse alguma coisa no triste panorama da competição regional, ao nível dos escalões de Benjamins e Infantis.

Não. Não haverá Campeonatos Regionais. Apenas um torneio.
Não. Os Benjamins não ganharam uma competição regular. Continuam as atrapalhanças…
Não. Não haverá torneios (que sejam) separados pelos anos de nascimento. Apenas uma única idade, juntando 3 anos de nascimento (2 de infantis e 1 de benjamins).
E sim. Continuam as regras insonsas em que há equipas que jogam fora do torneio (em acompanhamento de outra equipa).
E sim. Parece que apenas uma equipa por clube poderá aceder à final four.
E sim. Os jogadores estão fixos nas suas equipas e não podem ser destacados para os jogos à escolha do Clube.
E não. Os jogos não terão os tempos regulares dos escalões (25+25 ou 30+30) como se faz em todo o país, mas “jornadas triplas” com 3 jogos de 25 minutos…

Ou seja, continuamos com uma organização frouxa que só pode criar jogadores frouxos. Que chegam aos iniciados, com 14 anos, sem somarem o tempo suficiente de exigência competitiva que os permitisse ir longe (ou mais longe).

Como não gostamos de dizer o que não gostamos, sem referir o que gostamos, aqui vai:

1-Seriam criados 4 Campeonatos Regionais de futebol de 7 (de Benjamins A e Benjamins B, Infantis A e Infantis B). É necessário perder o medo da competição e do trabalho necessário à qualidade, com jogos normais de 25+25 e 30+30 minutos. Sem prejuízo de também haver lugar para a quantidade. 

2-Aqui, com 4 campeonatos, poderia ser limitada a participação a 2 equipas por clube (máximo de 28 atletas por clube/idade). Tudo o resto aconteceria (aceitamos) nas Atrapalhanças.

3-A primeira fase até poderia ter um perfil semelhante ao que a Associação tem no terreno. As tais jornadas duplas ou triplas e jogos mais resumidos. Mas a segunda fase, já com as equipas separadas em duas fases competitivas (superior e consolação) teria os contornos normais com jogos normais em duas voltas.

4-Finalmente, teríamos uma 3ª fase, que juntaria grupos de 4 equipas em função da classificação na 2ª fase e que disputariam as classificações finais em sistema play off, à melhor de 3 jogos (casa, fora, casa do melhor classificado). Por exemplo: 1º vs 4º e 2º vs 3º, seguida da final e da disputa dos 3º e 4º lugares. O mesmo para o grupo dos 5º ao 8º lugares na fase 2. E dos 9º ao 12º. Etc. A final até poderia ser à melhor de 5 jogos, aumentando os jogos competitivos nas tristes épocas desportivas que as nossas equipas têm que aguentar até aos iniciados e mesmo aí, só com 2 ou 3 jogos competitivos num ano. O que é muito pouco…

5-Finalmente, teria de ser aberta a possibilidade dos infantis A, por opção dos Clubes, poderem actuar no Campeonato de Iniciados (futebol de 11). O mesmo acontecendo com os Benjamins e Infantis B que poderiam actuar em dois escalões com gestão de jogadores em cada fim de semana a ser feita, livremente, pelos clubes. Sem prejuízo de poderem actuar no seu escalão no Sábado e no superior no Domingo. Tudo para haver mais competição (e equilibrada).

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