Começa no Sábado, dia 2 de Fevereiro a competição máxima (única?) de
infantis da Associação de Futebol da Madeira.
Para além do atraso, motivado pelas situações que já todos
conhecemos, os meses de inatividade não
serviram para que se inovasse alguma coisa no triste panorama da competição
regional, ao nível dos escalões de Benjamins e Infantis.
Não. Não haverá Campeonatos Regionais. Apenas um torneio.
Não. Os Benjamins não ganharam uma competição regular.
Continuam as atrapalhanças…
Não. Não haverá torneios (que sejam) separados pelos anos de
nascimento. Apenas uma única idade, juntando 3 anos de nascimento (2 de
infantis e 1 de benjamins).
E sim. Continuam as regras insonsas em que há equipas que
jogam fora do torneio (em acompanhamento de outra equipa).
E sim. Parece que apenas uma equipa por clube poderá aceder
à final four.
E sim. Os jogadores estão fixos nas suas equipas e não podem
ser destacados para os jogos à escolha do Clube.
E não. Os jogos não terão os tempos regulares dos
escalões (25+25 ou 30+30) como se faz em todo o país, mas “jornadas triplas”
com 3 jogos de 25 minutos…
Ou seja, continuamos com uma organização frouxa que só pode
criar jogadores frouxos. Que chegam aos iniciados, com 14 anos, sem somarem o
tempo suficiente de exigência competitiva que os permitisse ir longe (ou mais
longe).
Como não gostamos de dizer o que não gostamos, sem referir o
que gostamos, aqui vai:
1-Seriam criados 4 Campeonatos Regionais de futebol de 7 (de
Benjamins A e Benjamins B, Infantis A e Infantis B). É necessário perder o medo
da competição e do trabalho necessário à qualidade, com jogos normais de 25+25 e 30+30 minutos. Sem prejuízo de também haver lugar para
a quantidade.
2-Aqui, com 4 campeonatos, poderia ser limitada a participação a 2 equipas por
clube (máximo de 28 atletas por clube/idade). Tudo o resto aconteceria (aceitamos) nas Atrapalhanças.
3-A primeira fase até poderia ter um perfil semelhante ao que
a Associação tem no terreno. As tais jornadas duplas ou triplas e jogos mais
resumidos. Mas a segunda fase, já com as equipas separadas em duas fases
competitivas (superior e consolação) teria os contornos normais com jogos
normais em duas voltas.
4-Finalmente, teríamos uma 3ª fase, que juntaria grupos de 4 equipas em
função da classificação na 2ª fase e que disputariam as classificações finais
em sistema play off, à melhor de 3 jogos (casa, fora, casa do melhor
classificado). Por exemplo: 1º vs 4º e 2º vs 3º, seguida da final e da disputa
dos 3º e 4º lugares. O mesmo para o grupo dos 5º ao 8º lugares na fase 2. E dos
9º ao 12º. Etc. A final até poderia ser à melhor de 5 jogos, aumentando os
jogos competitivos nas tristes épocas desportivas que as nossas equipas têm que
aguentar até aos iniciados e mesmo aí, só com 2 ou 3 jogos
competitivos num ano. O que é muito pouco…
5-Finalmente, teria de ser aberta a possibilidade dos
infantis A, por opção dos Clubes, poderem actuar no Campeonato de Iniciados
(futebol de 11). O mesmo acontecendo com os Benjamins e Infantis B que poderiam actuar em dois escalões com gestão de jogadores em cada fim de semana a ser feita, livremente, pelos clubes. Sem prejuízo
de poderem actuar no seu escalão no Sábado e no superior no Domingo. Tudo para
haver mais competição (e equilibrada).
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