A primeira jornada, no Estádio de Câmara de Lobos. Os adversários, em jogos de meia-hora sem intervalo, serão o Xavelhas A (10h00) e Câmara de Lobos A (10h35).
Havendo tão pouco, acabamos por ser pouco assertivos, aceitando e agradecendo o que nos vai chegando. O que é errado.
Infelizmente, após tantos anos, a mudança tarda em chegar aqui. A curva da mudança tem uma primeira fase, de adaptação a uma nova realidade. Por vezes essa simples perspectiva de ser ter que alterar alguma coisa, que acarreta - pontualmente - mais trabalho e trás alguns incómodos, faz travar o processo.
Mas, a verdade é que a possibilidade de chegarmos a algo diferente e novo é muito mais atrativa do que a repetição consecutiva de modelos que estagnaram há anos e que não conseguem criar dinâmicas motivadoras.
Manter as mesmas fórmulas em novos enquadramentos, completamente distintos do passado é dizer não a novos objectivos que exigem novas soluções.
Também no futebol regional de formação é necessário ter uma atitude inovadora e de mudança, com vista a um tempo que há de vir, diferente, desafiador e mais exigente. Não podemos ficar amarrados e sem açao, presos a modelos passados que, há muitos anos podiam ser justificados (quando foram um passo em frente em relação a uma realidade ainda mais "antiga"), mas que hoje, estão completamente desenquadrados, face a novas estruturas, mais recursos (campos, estradas) e menos "procura" - há menos crianças e muito mais oferta, de outras modalidades.
Não tendo sido, ainda, possível este ano, mudar alguma coisa que se veja, que seja para o próximo. Para bem da mudança, para bem do futuro:
Fim do modelo das equipas acompanhantes, torneios regionais por ano de nascimento a partir dos benjamins, livre circulação de jogadores do mesmo Clube entre as várias equipas, apenas respeitando as idades máximas admissíveis e torneios em várias fases com incremento significativo dos jogos competitivos na fase média e final da época.
São os mínimos necessários.
