22/01/2016

Depois de tudo isto, o que resta?

O que é importante?

Não é reclamar. Reclamar não leva a lugar nenhum. Nem essa reclamação se enquadra em qualquer possível reversão do resultado. Mas há que mostrar o que se passou, avaliar o caso e promover mudanças para que a situação não se repita ou no mínimo, se minimize.
O árbitro errou. Muito. Demasiadas vezes. Quatro vezes. Ou, no mínimo, três (já demonstradas) com gravidade e influência significativa no resultado. Bastava ter acertado numa delas e o resultado final do Campeonato teria sido outro. E uns ganharam muito (10 jogos competitivos na fase nacional) e os outros perderam tudo:

1.Anulação de um golo limpo, depois da sua validação, por ele próprio. Sem que nada o tivesse justificado: nem na jogada em si, nem por acção de um seu auxiliar. Incompreensível.

2.Face a uma simulação clara de um jogador do nacional (que foi reconhecida pelo árbitro pois nada assinalou), na procura de um penalti, não interrompeu o jogo para a marcação da falta por conduta anti-desportiva atribuindo o respectivo cartão amarelo (seria o segundo, logo, expulsão). Não o fez.

3.Logo de seguida, marca um penalti perante uma simulação de outro jogador do nacional. Tinha vários jogadores pela frente. O seu auxiliar não. Com visão directa e próxima do lance, este nada assinalou. O árbitro nem o consultou. Indescritível. O penalti deu o golo que valeu o campeonato.

4.Mais para o final do jogo, anula um golo ao Marítimo por indicação do seu auxiliar: a assistência de cabeça teria sido feita já com a bola fora. Esta é a única situação em que as imagens disponíveis não permitem definir a situação. Mas essas imagens existirão e nos foram prometidas. Aguardamos por elas. Até para a defesa, neste caso, da equipa de arbitragem.

Nesta matéria (escolha de árbitros) há que alterar as opções. Quem se lembrou de nomear esta tripla para lhe dar um “prémio de fim de carreira” pensou mal. Há demasiado em jogo (não o campeonato, mas 10 jogos competitivos que podem catapultar um grupo de jogadores para outros níveis) para se escolherem árbitros com níveis qualitativos ou com (o que seria pior e não queremos acreditar nisso) motivações duvidosas.

Os árbitros são elementos importantes ou até fundamentais para o jogo. Sem eles nada a fazer. Sujeitam-se a muitas situações difíceis: umas naturais e necessárias (a avaliação do seu trabalho), outras dispensáveis (impropérios, ameaças e até agressões). Podem se enganar e isso é também humano. Mas em todos os casos justificam-se as análises. Até em sua defesa. Mas também para a sua avaliação de qualidade.

Estes jogos devem ser dirigidos por árbitros jovens, ambiciosos e com uma carreira pela frente. Que tenham ainda que responder pelo seu trabalho e que dele (se for bom) dependam, para o seu futuro. Havia gente disponível capaz disto. A importância do jogo o justificaria.

Mas haverá outras mudanças a fazer. O treinador do Nacional, retomando sugestões já feitas em anos anteriores, aponta uma: a realização de uma fase precoce e rápida de definição de dois grupos na 1ª divisão e redução a 4 equipas para a decisão final, com campeonato a quatro voltas. Mas acrescentaria uma outra possibilidade: uma super-taça, entre o campeão e o vencedor da taça do ano anterior, a realizar a meio da referida primeira face precoce e rápida do campeonato. Assim, haveria pelo menos 5 jogos competitivos antes do acesso à fase nacional.

3 comentários:

  1. E, cono sempre no futebol, a culpa é do árbitro! hahahahaha

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  2. Do árbitro de alguns mergulhadores e de quem os incentiva. ehehehehehe

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  3. Não há que atribuir culpas. Há que avaliar o que se passou. O resto é para cada um ajuizar...

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